(por
Jeik Donald)
O que se pode dizer de
concreto da grande Conferencia das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
no ano em que a própria ONU denominou ser O ANO DE ENERGIA SUSTENTAVELPARA TODOS?
Na verdade de concreto não se pode dizer nada! Após três dias de discussão a único
saldo que se pode tirar do Rio +20 é um texto que ninguém concorda.
Sem muitas ambições, metas
e prazos concretos, o texto final do evento gerou insatisfação e indignação por
parte das mais distintas vertentes do evento. Para o diretor geral do
Greenpeace e dono de uma das mais duras criticas a declaração final da
conferência, Kumi Naidoo, ‘o encontro foi um total fracasso, onde oque se viu
foram muitas voltas e teatros tentando demonstrar um resultado positivo num
texto onde, por carecer de objetivos específicos, não oferece solução para os
problemas mais graves como crescentes mudanças de clima, perda da
biodiversidade e o desmatamento. ’ Nem mesmo o Brasil ficou fora das criticas
de Naidoo. Segundo ele o país não pode receber toda a culpa pelo fracasso, mas
como nação organizadora tem parte no resultado por ter pressionado por um consenso
sem se preocupar com a consistência do resultado.
Do outro lado, mesmo tendo
aprovado o texto, países como Equador, Bolívia e Venezuela demostraram reservas
quanto ao subsídio a combustíveis fósseis e monitoramento internacional das politicas
ambientais e energéticas. A situação ficou tão confusa que até mesmo o
secretario geral da ONU, Ban Ki-moon, voltou atrás em uma declaração que havia
feito um dia antes afirmando que ‘esperava que o documento final tivesse um conteúdo
mais ambicioso’, dizendo então que o texto final ‘é um documento contendo
pacotes amplos, ambiciosos e práticos para o desenvolvimento sustentável,
garantindo os três pilares dos nossos objetivos: equidade social,
desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental. ’
Como diz o titulo do
documento final da rio +20 esse é ‘O futuro que queremos ‘ mas será realmente que
esse é o futuro que precisamos?
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